Porque viajar é o melhor remédio
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Bom, este não é o tipo de artigo que costumam ver aqui pelo blog, mas eu achei que tinha que partilhar a minha (pequeníssima) experiência em Berlim convosco!
Dizem que viajar é a única coisa que compramos que realmente nos enriquece. Por muito cliché que isto soe, acaba por ser verdade.
É tão bom viajar, conhecer países diferentes, com culturas diferentes e, de preferência, com boa gastronomia 😋
Quem me “ouvir” pensa que sou muito viajada, mas desenganem-se! A maioria dos países que visitei foi ao serviço da Seleção Nacional de Voleibol. Apenas recentemente ganhei o bichinho de ir para conhecer, ou pelo simples prazer de ir, então aproveitei e em Junho de 2017 fui visitar uma grande amiga a Berlim.
Nossa Ana, no ano passado e só agora é que publicas?!
Obviamente que a obriguei a fazer de guia turístico e a levar-me a todos os sítios que eu queria ir. E deixem-me dizer-vos: se não souberem falar alemão ou se não forem com alguém que saiba, Berlim não é a cidade mais acessível de sempre. Eu não achei, pelo menos.
Como eu só fui 3 dias, ou 2 basicamente, tivemos que andar sempre a correr e fazer vários km a pé, mas valeu bem a pena.
Mas pronto, não vos quero fazer propriamente um guia dos locais que visitamos, afinal isto é um blog de nutrição, mas posso deixar-vos a lista de restaurantes/cafés que visitei 😁
Daluma
Obviamente que tinha que começar por este!
Foi o pequeno-almoço de sábado e arrisco-me a dizer que foi a melhor refeição de todas.
O espaço é escondido, mas muito engraçado. É diferente de tudo o que temos em Portugal, já que as mesas são poucas e as pessoas sentam-se numa espécie de bancada, junto à janela, apenas com almofadas e um pequeno bloco de apoio.
No menu há tudo o que uma nutricionista pode querer, desde tostas de abacate a pudins de chia, passando por papas de aveia e smoothies.
Também há opções prontas a levar, como bolinhas energéticas, shots termogénicos e sumos naturais.
Eu optei por uma tosta de abacate com base de tomate seco e caju, nozes, legumes folhosos, sementes de sésamo e um ovo escalfado como extra. Acompanhei com água aromatizada de limão e pepino.
A Naomi (minha amiga) pediu pudim de chia com açaí (não aprendeu nada comigo… açaí) e um sumo de curcuma, pimenta-preta, caju, manga, tâmaras, baunilha e canela.
Café Mugrabi
Este espaço está “taco-a-taco” com o Daluma em tudo, apesar de serem muito diferentes.
Foi onde almoçámos no sábado e foi tão, mas tão bom!
Mais uma vez, não é na zona central, mas fica em frente a um parque, com mesas na rua, numa zona mais recatada mas muito bonita.
Depois de 10km a andar, eu só dizia que me apetecia um prato com molho e um pãozinho para ensopar (quem não gosta de confort food?), então acabei por escolher shakshuka, que são basicamente ovos escalfados (neste caso orgânicos) em molho tunisino de tomate, chilli e cebola, servido com sourdough bread (uma espécie de pão lêvedo) e tahini (pasta de sésamo). Eu pedi com o extra de queijo feta.
A Naomi escolheu (ou melhor, eu escolhi, porque ela nunca sabe o que pedir 😅) Sabich roll, que é pão pita recheado com hummus, beringela assada, batata, ovo orgânico, ervas frescas e manga em pickle.
Estava tudo ótimo, e foi a comida perfeita depois de uma longa manhã de passeio.
Gotcha | Fine Asian food
Este também não foi planeado, mas acabou por ser o nosso jantar de sábado. Estávamos numa rua cheia de restaurantes de um lado e do outro, todos com luzinhas giras e bom ambiente, mas este era o único que tinha mesas 😅
Era um espaço de fusão de comida asiática.
Optei pelo Bao Burger de frango, que é servido em pão bao, com vários legumes, batata-doce e um molho (confesso que já não me lembro…). E também pedimos uma bebida toda esquisita.
Silo Coffee
Foi onde começámos o meu último dia por terras alemãs… e não podíamos ter começado de pior maneira!
O Silo Coffee parecia tudo de bom: espaço cool, estava “à pinha”, a comida era super bonita e apetitosa… mas ficava-se por aí.
O sabor não nos convenceu, e o preço muito menos!
Eu pedi um cappuccino porque estava um dia chuvoso e apetecia-me algo quente, e para comer escolhi abacate em tosta sironi, com hummus, compota de tomate-cereja caseira e salada.
Bom, o cappuccino veio muito antes da tosta, pelo que acabou por ficar frio. E o sabor da tosta ficou muito aquém.
Tak-tak | Polish deli
Este restaurante não tinha sido planeado, mas foi o nosso almoço de domingo e valeu bem a pena.
Não é comida tradicional alemã, mas numa cidade tão multicultural como Berlim, uma refeição polaca pareceu-nos muito bem.
Mais uma vez, é um espaço super escondido e quando chegámos estava completamente vazio, o que me deixou de pé atrás… mas a ementa até parecia interessante, por isso ficámos.
Desta vez pedimos uma sopa cada uma e dividimos um prato de pierogis.
Eu comecei então com jarzynowa, que eles descreviam como uma sopa de vegetais vegan e sem glúten. Basicamente era um caldo com alguns legumes e feijão branco, servida com cebolinho e natas azedas (sour cream). A Naomi arriscou tudo e foi para uma sopa de beterraba com endro, pepino, rabanete e também com as natas azedas.
Os pierogis que comemos depois são uma espécie de dumplings com diferentes recheios, servidos com natas azedas, cebolinho e cebola frita. Nós pedimos 1 de cada para experimentar. Havia de:
- Couve em pickle e cogumelos selvagens desidratados;
- Batata, queijo cottage e parmesão;
- Beterraba, alcaparras, rabanete e queijo de cabra;
- Peru, tomate seco e queijo feta;
- Carne picada.
Inesperado, mas muito bom!
(estas fotos foram mais à pressa, que já não havia muita bateria)
E pronto, ficam aqui com a minha experiência foodie em Berlim, com um ano de atraso… but you know what they say: better late than never 😅
Espero que tenham gostado 😋
Beijinhos,
Laranja-lima