Comer saudável fica assim tão caro?

Celebra-se hoje o Dia Mundial do Combate à Obesidade.

Em vez de te falar de estatísticas e de números, que provavelmente já ouviste vezes sem conta. acerca de quantos portugueses sofrem de obesidade e/ou excesso de peso, vou falar de outros números.

Vamos falar de custos, money money.

 

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Será que comer saudável fica assim tão caro?

Questão dúbia. O valor que se dá às coisas é relativo, e enquanto que para algumas pessoas 5€ por uma refeição é caro, 20€ por uma camisola é uma pechincha.

E esta talvez seja a raiz do problema.

Não damos valor ao que realmente importa. Em vez de investirmos na nossa saúde (poupando a longo prazo), investimos em coisas supérfluas afagadoras momentâneas do ego.

You can quote me 😂

 

Então ficamos pessoas doentes… mas bem vestidas. And that’s what matters!

Ou não. E basta querer!

Porque é realmente possível comer saudável com pouco dinheiro, incluindo até alimentos como sementes e frutos secos que, não sendo essenciais, são importantes.

Claro que ser saudável é relativo, e o que pode ser saudável para mim não é para ti, e blá blá blá. Mas não é nisso que queremos focar, ok?

Vamos é olhar para dois exemplos de dias alimentares:

  1. Dia que considero saudável, enquanto nutricionista

Dia bom

 

2. Dia comum para os portugueses

Dia mau

 

Conseguem ver que é possível fazer um dia alimentar exemplar com o subsídio de refeição da maioria das pessoas… enquanto que são precisos quase dois para comer menos bem.

 

“Ah mas tu usaste as marcas mais caras para fazer o 2º dia”

Não, por incrível que pareça não usei. O meu critério foi o mesmo para construir os dois dias: ir ao site do Jumbo, pesquisar o alimento e ordenar por ordem ascendente de preço, escolhendo o mais barato. Fiz duas exceções: no ovo optei pelo mais barato, mas dentro dos biológicos, e nas bolachas Maria optei pelas de pacote individual, que é o que normalmente as pessoas levam para o trabalho.

 

Então como ficou tão barato?

Com três truques muito simples:

  1. Fazer a comparação das várias marcas através do preço por kg, e não por embalagem;
  2. Optar por alimentos sazonais (se forem locais, tanto melhor);
  3. Incluir as doses certas, e não as doses exageradas que muitos portugueses ingerem, sobretudo nas refeições principais.

 

E se o problema for o típico “não tenho tempo”, arranja outra desculpa!

Há sempre tempo, temos é que nos organizar e, se for preciso, deixar tudo pronto ao fim-de-semana, ou noutro dia mais livre.

Eu deixo tudo pronto ao domingo. São duas horas que “perco” num dia, mas muitas outras que poupo ao longo da semana. E assim garanto que a falta de tempo, ou o “não tenho nada para cozinhar” não são desculpas 😉

Vamos lá ser mais saudáveis?

Beijinhos,

Laranja-lima

 

P.S.: o facto de usar alimentos como arroz, batata, banana ou queijo no segundo dia, não significa que esses alimentos sejam “maus”. São excelentes e podem fazer parte de qualquer dia saudável! Já do leite achocolatado, da manteiga, do iogurte líquido açucarado, da barrinha de cereais, do pão de forma e da gelatina açucarada não se pode dizer o mesmo… ou pelo menos há que repensá-los, pois existem melhores opções 🙂

6 comentários a “Comer saudável fica assim tão caro?”

  1. Olá
    Eu também preparo refeições ao domingo
    E não é perfa de tempo 😉
    É muito difícil mudar a mentalidade do nosso povo…
    Obrigada
    Beijonhos

  2. Gostei da comparação que fizeste com a compra de roupa! Eu de há algum tempo para cá comecei a dar muito mais importância à minha comida do que à roupa. Dou de tal maneira importância que prefiro adaptar a roupa larga, da qual não me desfiz após a minha enorme perda de peso, usando por vezes um estilo “baggy”!
    Outro aspecto que conhecei a dar importância, é o facto que esses €4 que poderiam parecer caros, são quase insignificantes quando se vai ao shopping e comemos uma refeição “fast food mais saudável ” em determinados estabelecimentos, que nunca nos sai por menos do dobro desse valor!
    Por tudo isto, obrigada por este post tão elucidativo, e espero que muitos mais leiam para terem noção que mais caro é achar-se que não se tem tempo para cozinhar, mas para ir passear para o shopping já se tem!
    Beijinhos querida!

  3. Olá! Parabéns pelo artigo!
    O modo terra-a-terra com que expõe estes conceitos é excelente para fazer passar uma mensagem muito importante, na minha opinião. As pessoas tendem a dar valor às coisas menos importantes, embora eu perceba que uma camisolinha nova sabe tão bem… ficar bem na nossa roupa sabe ainda melhor! E dos ganhos em saúde e vitalidade, então nem se fala! E a poupança futura na conta da farmácia, enfim… Podia continuar com a lista enorme de vantagens deste investimento que podemos fazer agora por nós – quer em dinheiro, quer em tempo. Passei a fazer isso e vale muito a pena!
    Obrigada e beijinhos, Ana!

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